BONILLA, Maria Helena. A práxis pedagógica presente e futura e os conceitos de verdade e realidade frente às crises do conhecimento científico no século XX. In: PRETTO, Nelson De Luca. Tecnologias e novas educações. Salvador: EDUFBA, 2005. p. 70-81.
Maria Helena Silveira Bonilla inicia o seu texto falando da velocidade com que as mudanças estão ocorrendo e de forma tão abrangente, que vem causando alterações nas formas de organização social. Podemos influir dai, que a falta de equilíbrio entre o desenvolvimento econômico/tecnológico e o social/ambiental se dá por conta da profundidade dessas mudanças da sociedade contemporânea. E toda essa realidade complexa reflete no sistema educacional, haja vista que a Escola se fundamenta num emaranhado de influências a nível global, nacional e local, segundo a autora.
A seguir Bonilla, através da cosmovisão medieval, moderna e contemporânea, busca o entendimento das diferentes idéias de ordem. Com a exposição da cosmovisão da sociedade medieval, percebi o quanto as inovações despertam interesses ambíguos. A imprensa assim como possibilitou a difusão das concepções de mundo, também possibilitou ao homem (mulher) a simplificação do real, impondo um sentido a realidade sustentando-se em suas experiências e saberes anteriores.
"Em consequência, a um empobrecimento do real e o saber assume um caráter eminentemente instrumental, ou seja, passa a ser um instrumento com o qual o homem manipula as coisas e estabelece o seu domínio sobre o real." (BONILLA, Maria Helena).
A Escola reproduz essa visão fechada à exterioridade sem admitir a expressão das diferenças e negando a formação da identidade. Os professores não dialogam com as mudanças que ocorrem na sociedade e continuam reproduzindo o modelo de "Educação Bancária" ( Paulo Freire).
"A noção de ordem da escola atual que tem como base o princípio da formação científica, a existência de um conhecimento "verdadeiro" que deve ser transmitido ao aluno, sendo o professor o detentor e controlador dessa verdade."(BONILLA, Maria Helena)
O ser humano está em constante processo de desenvolvimento que acontece dentro ou fora da Escola, numa roda de capoeira ou numa aula de teatro, por exemplo. Quando uma pessoa chega à Escola carrega muitos saberes, que por sua vez, deveriam ser trocados, construídos, reconstruídos... Professores e alunos num processo simultâneo de produção de saberes. Contudo o que há é uma educação metódica e engessada e o conhecimento vem como "pacotes."
"Esses "pacotes" não dão margem aos redirecionamentos que o contexto de cada escola exige, nem estão sujeitos às adaptações que se fazem necessárias durante sua execução, sujeitando alunos e professores ao papel de copistas, receptores e reprodutores de conhecimento alheio. "(BONILLA, Maria Helena)
Por fim, a autora propõe a complexidade, o interacionismo, o pensamento contextualizado e sem fragmentações. Uma Escola dinâmica, que dialogue como a sua comunidade. Uma Escola multicultural, dinâmica, que agregue a diversidade e peregrine com as mudanças do mundo contemporâneo.
Muito bom texto!
ResponderExcluirMuito rico em conteúdo!
Bjos
Então Elane concordo com você uma ideía que vale ressaltar é a da cosmovisão,ou seja uma visão mas ampla onde vc coloca muito bem essa ideía de enxergar o exterior da escola e não ter a escola como um espaço fachado sem ligação.
ResponderExcluiramiiiiga!!!
ResponderExcluirseu blog esta fantasticoo!!!
gostaria de destacar esse trecho do seu texto:
"A noção de ordem da escola atual que tem como base o princípio da formação científica, a existência de um conhecimento "verdadeiro" que deve ser transmitido ao aluno, sendo o professor o detentor e controlador dessa verdade."(BONILLA, Maria Helena)
Essa ideia de transmissao caracteriza bem a educacao tradicional!
Muito bom texto!
ResponderExcluirMuito rico em conteúdo!
Bjos
Rafa Ritter
Ameegannn, parabenzão, ein! Mesmo eu te dando todos os bolos possíveis, vc conseguiu fazer um broguín bem útil.
ResponderExcluirBjãoOOOO
Lindona!
(;